ABRUPTO

28.3.14


NAVIO FANTASMA: UM GIGANTESCO PASSO NOS CORTES

Substituir cortes "temporários" por cortes permanentes é um gigantesco passo na transformação da pobreza conjuntural (que é aquela que os defensores do governo apresentam como um efeito colateral do "ajustamento") por uma pobreza estrutural (o corolário da tese do "vivemos acima das nossas posses", logo temos que regressar ao lugar virtuoso da nossa pobreza otiginal).  

O tempo é o grande construtor dessa pobreza estrutural,  cada dia que passa, é um novo plano de austeridade. Transformar os cortes em permanentes remete para uma ideia sobre os portugueses, a sociedade e o estado, que vai muito para além de um "estado de emergência" gerado pela bancarrota de há dois anos. Para além disso, permanente, ou seja para sempre, mostra a vontade de "empacotar" num armário recôndito, num gueto, ou num caixão, com o menor custo  e o mais depressa possível,  a geração presente que "não presta", não é competitiva e esperar pelo desabrochar de uma nova geração empreendedora, inovadora, não-piegas, que despreza os direitos (dos outros), e que está à espera desta "justiça geracional", com uma pequena ajuda dos que mandam.

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© José Pacheco Pereira
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